Pequeno Polegar Capoeira

O espetáculo Pequeno Polegar Capoeira estreou e ficou em temporada no Teatro Alfa durante dois meses, sendo livremente inspirado na narrativa inglesa O Pequeno Polegar.

Na trama, cinco crianças brincantes fazem de conta que imitam um casal vizinho que só consegue ter um filho através de magia. Assim nasce Polegar, uma criança tão pequena que volta e meia se envolve com dificuldades enormes, por ser muito curioso e pequeno ao mesmo tempo. Como o menino não cresce, seu pobre pai tem a ideia de ensinar-lhe a cultura da capoeira, para ele se defender do mundo gigantesco que o cerca.

Veja o programa ilustrado e fotos do espetáculo: aqui.

O esperto Polegar logo se revela um pequeno grande lutador e não vê a hora de tornar-se um Guerreiro do Rei. Com grande coragem, decide partir para a aventura de sua vida atravessando a perigosa Floresta Alta. Lá ele se defende, dança capoeira e doma um Rato Branco, pertencente a uma Bruxa gigante. Juntos, Polegar e Rato tornam-se amigos inseparáveis e partem para as terras do Rei. Mas para seguir no caminho, eles precisam enfrentar figuras e entes fantásticos, tais como o Caboclo de Lança, os Maculelês da Dança do Fogo, a Cavalaria de Soldados e desafios de sabedoria.

Antes de Polegar conquistar o seu desejo de tornar-se finalmente um valente guerreiro do Rei, terá que voltar para casa e ajudar seus pais que estão em grande dificuldade. Assim, ganha de presente todo o ouro do tesouro que conseguir carregar, ou seja, uma única e grande moeda. Mas no caminho de volta, Polegar e o Rato Branco terão que enfrentar a temível Bruxa com sua Aranha Gigante em uma decisiva batalha entre a dança da capoeira contra a feitiçaria… É assim que aquelas cinco crianças brincantes do início contam sua versão do clássico Pequeno Polegar, visto sob o olhar da cultura da capoeira, sempre revelando surpresas, humor e movimentos bem divertidos.

A grandeza do Pequeno Polegar A importância do personagem Pequeno Polegar vem de longe, de tempos antigos ou ancestrais e na maioria das versões desse conto clássico que atravessou oceanos e cordilheiras – mostra um menino extremamente pequeno, mas sempre muito esperto, parecendo até mesmo uma espécie de compensação lúdica e humana.

Foi recontado pelo francês Charles Perrault, sendo também um conto popular tão antigo quanto às primeiras histórias e contos de fadas. A Cia. Articularte encontrou uma versão inglesa que foi o guia do atual espetáculo, contando de forma diferente as façanhas de um menino esperto e forte, que ficou famoso com suas pequenas façanhas, chamando à atenção do próprio Rei Artur, e vivendo por um bom tempo bem próximo ao importante Rei.

Seguindo essa vertente, a história do pequeno herói encenado pela Cia. Articularte tem alguns outros ingredientes notáveis, tais como: com agilidade, força e Inteligência, aprende a lutar capoeira para se defender, sem deixar de brincar naturalmente com os amigos e crianças da vizinhança, destacando-se muito os quesitos se desenham como brincadeiras de pega-pega, lutas e peripécias.

Como toda criança, é um menino bem curioso, qualidade que acaba colocando-o em vários apuros, por causa da desproporção do seu tamanho. Entendemos que o Pequeno Polegar Capoeira seja um menino que brinca de golpear e pisar no seu futuro, desejando, relacionando-se, ou provocando o seu próprio espaço social e lúdico.

Assim acaba tornando-se naturalmente o protagonista da sua história, perseguindo de perto o seu objetivo de firmar-se no mundo, para ser feliz, e também – através da nossa licença poética – para avisar que tanto o Polegar quanto a Capoeira continuam bem vivos, prontos para qualquer peripécia, dança, ou batalha – sempre brincando e se divertindo.

Bonecos, Formas Animadas e Técnicas de Manipulação A Cia. Articularte, que completa 11 anos em 2011, sempre pesquisando e perseguindo desafios sobre técnicas de animação e manipulação, Bonecos e Formas Animadas, também apresenta neste espetáculo uma mescla com a expressão corporal dos Atores-animadores.

Uma das técnicas de manipulação que colocamos em cena por exemplo é uma adaptação da Kuruma Ningyo japonesa (títeres ambulantes, nesta montagem mostrando o boneco do Mago, que é preso nos pés de um ator-manipulador, que realiza deslocamentos sentado em um pequeno banco montado sobre rodízios). Outra Forma animada é a Bruxa Gigante, montada com uma grande capa, a partir de uma Atriz sentada sobre os ombros de um Ator-animador, mostrando vários níveis de envergaduras.

Quanto ao Polegar Capoeira, divide-se em diversos momentos entre uma Atriz e um Boneco, igualmente acontecendo com o Rato Branco. A Aranha da Bruxa é um boneco grande articulado montado sobre buchas de limpeza. Outra novidade para nós é um Boneco-Galeria, que mostra a Cavalaria, montada sobre corpos de atores, dispostos sobre varas, com Bonecos de cavalos que se movimentam em grupo.

Em uma das sequências, utilizamos também a técnica de Sombras e seu respectivo avesso, quando mostramos o oposto da Sombra, ou seja, o próprio boneco de sombra iluminado diretamente, sem o efeito de projeção da contra-luz. Outros bonecos elaborados por nós figuram pequenos seres da floresta, tais como um Sapo, um Louva-Deus, entre outros habitantes do mundo das Formas Animadas.

Valor Cultural do Espetáculo

Esse espetáculo teve indicação de faixa etária entre 03 e 10 anos de idade, e foi encenado pela Cia. Articularte até o ano de 2016. Depois disso, a peça foi desmontada, ficando como acervo latente e à disposição do grupo somente para realização de projetos teatrais ou escolares  (Sescs e/ou Sesis) através de circuítos ou temporadas.

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